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Esta é a primeira parte do assunto Controladoria Operacional. Em próximo Post teremos o complemento e encerramento deste assunto.


Considera-se a controladoria como a evolução da ciência contábil e pode ser considerada como ciência a partir do momento em que passou da teoria do lucro para a teoria da decisão.

Com esse novo entendimento fica responsável por utilizar dados e informações seguras e confiáveis, vindo essa confiança quando a organização comprova a clareza das informações, a veracidade das fontes e a integridade dos processos utilizados.




FUNÇÕES DA CONTROLADORIA


A controladoria tem por finalidade auxiliar os gestores a planejar as atividades da organização por meio de quatro funções básicas:

  • Planejamento – identificam o que há para ser feito, o prazo para execução e maneira de ser feito;

  • Organização – identificar e constituir recursos de toda espécie (humanos, físicos tecnológicos, etc.) para construir estrutura organizacional para o cumprimento de seu papel;

  • Direção – assegurar sinergia entre os recursos (humanos, tecnológicos, financeiros e materiais) objetivando o cumprimento da missão e visão;

  • Controle/Avaliação – desenvolver sistema de apuração dos objetivos e metas estabelecidos vs resultados alcançados.

Portanto, o controle organizacional, num sentido “lato”, é a peça-chave para a discussão envolvendo governança corporativa e nesse contexto aparecem as funções da área de controladoria, que tem como uma de suas atribuições a manutenção dos sistemas de controles internos da organização, que é a plataforma dos sistemas de informações, instrumentos de gestão e de controle operacional.


CONTROLE


As empresas procuram subsídios na área de controladoria para se tornar mais competitivas e organizadas. Competitivas no sentido de que faz parte da missão dessa área fornecer aos gestores informações precisas, importantes para o processo decisório (TUNG, 1993), e organizadas porque a ela também se atribui a responsabilidade de estabelecer, implementar e monitorar o sistema de controles internos necessários para a salvaguarda de ativos e para a manutenção da integridade dos registros contábeis.

Como a essência da palavra controle é ampla, e para melhor entendê-la deve-se examiná-la sob a perspectiva das dimensões em que ela é constituída, caracterizadas pelos níveis de importância que os controles têm para o processo de formação de resultados econômicos e para a transparência administrativa.


VISÃO DIVISIONAL DO CONTROLE ORGANIZACIONAL


Para melhor entendimento do conceito de controle organizacional, cada uma de suas dimensões deve relacionar sua essência à da atuação da área de controladoria, à desejável transparência administrativa e à redução dos possíveis conflitos de interesse.



DIMENSÃO DE CONTROLE OPERACIONAL


A dimensão de controle operacional é representada pela sinergia dos recursos colocados à disposição dos administradores para o contínuo acompanhamento do comportamento da organização frente às mudanças, e para servir de instrumento no processo decisório de ajustes das atividades operacionais às condições observadas, reorientando-as, para a manutenção dos objetivos determinados pela organização.

Os mencionados recursos materializam-se através do processo de gestão, que, de acordo com Almeida, Parisi e Pereira (2001), é estruturado nas fases de planejamento estratégico, de planejamento operacional, de execução e de controle.

O processo de gestão reflete as expectativas da alta administração da empresa de obtenção de resultados econômicos onde estabelecem os parâmetros de eficácia organizacional, traduzidos em diretrizes e metas que se convertem em um padrão de comportamento operacional que passa a ser o marco orientador para a avaliação do desempenho econômico e dos gestores.

O processo de gestão representa a dimensão de controle operacional que, entre outras características, proporciona a distribuição formal da responsabilidade pela geração dos resultados entre os membros organizacionais. A primeira fase desse processo, o planejamento estratégico, tem como princípio assegurar o cumprimento da missão da empresa, gerando um conjunto de diretrizes estratégicas de caráter qualitativo, que visa orientar a etapa de planejamento operacional (CATELLI et al., 2001).

Para Padoveze, o planejamento operacional “define os planos, políticas e objetivos operacionais da empresa e tem como produto final o orçamento operacional”. Esse planejamento realiza-se através de um processo de elaboração de planos alternativos de ação com vistas a identificar os meios mais adequados para atingir de forma segura os objetivos da empresa, de sua alta administração e, por conseqüência, de seus proprietários.

O planejamento operacional possui a característica de quantificação de objetivos qualitativos, orientadoras para os gestores no sentido de lhes indicar de forma clara as expectativas que a alta administração tem em relação às contribuições que deles se esperam para o resultado econômico da organização.

Sob a perspectiva da área de controladoria, o resultado econômico esperado com o planejamento operacional é o produto de uma equação expressada na própria demonstração de resultados que se produz a partir dele.

Por fim, é na dimensão de controle operacional que leva a organização a alcançar seus objetivos ou a redimensioná-los, caso se observem fatores restritivos não previstos anteriormente. Nessa fase do processo de gestão e da dimensão de controle operacional, a postura da área de controladoria é orientar a ação gerencial, suprindo os gestores com informações que os levem à tomada das melhores decisões e, em um momento posterior, com aquelas que lhes proporcionem o julgamento da qualidade dos resultados alcançados.

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