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Em nosso penúltimo post falamos a respeito da importância do treinamento empresarial/corporativo.

Em linhas gerais dissemos que em função da necessidade de adaptação às mudanças constantes é necessário que profissionais estejam preparados para digerir tudo que surge e utilizem estes novos recursos/conhecimento para produzir melhores resultados.

Para tanto, os profissionais precisam buscar/receber a instrução necessária para aprimorar habilidades conforme o trabalho que desenvolve.

Quando pensamos no aprendizado dos filhos imediatamente relacionamos à ideia de "Pedagogia".

Mas no caso do treinamento para profissionais, saímos da esfera das crianças/jovens, ainda sem nenhuma ou pouca bagagem e, passamos para esfera dos adultos que, já aprenderam muita coisa, já tem firmado entendimentos e conceitos, não tem a mesma maleabilidade das crianças e direciona sua atenção objetiva quando vê valor de uso imediato.

Neste ponto, os conceitos necessários são da "Andragogia". Termo usado pela primeira vez no séc. XIX por Alexander Kapp em seu livro "Teorias Educacionais de Platão".

O prefixo grego “andros” significa “ser humano do sexo masculino”. Já “gogia”, sufixo grego “agogôs” significa conduzir. Logo a idéia é de conduzir o Homem, genericamente o adulto, para o aprendizado.

Mais foi no sec. XX, na década de 70 que, Malcolm Shepherd Knowles (considerado o pai da Andragogia) popularizou esses conceitos.

São eles:

  • Voltado ao aprendizado do adulto;

  • Defende ensino baseado em motivação;

  • Trabalhar conteúdo por meio de situações do dia-a-dia;

  • Aprendizado consciente e com maturidade;

  • Uso do tempo - objetividade.

Tais premissas mostram a diferença dos conceitos usados no aprendizado de adultos já que por traz deste tipo de treinando existe todo um contexto diferenciado em função de vivências, experiências, conceitos e preconceitos adquiridos ao longo da sua existência.

Deste tipo de treinando é exigido um papel mais ativo além de comprometimento. E do "educador" uma compreensão e sensibilidade para saber agir nos momentos em que é preciso desconstruir e somente após iniciar o processo de aprendizado.

Ficam, como indicado por Knowles, cinco pilares que norteiam este tipo de aprendizado:

  1. Autonomia – o treinando é capaz de tomar suas próprias decisões e a ele é concedida a autonomia de guiar suas escolhas;

  2. Experiência - a historia do treinando precisa ser levada em consideração no processo de aprendizagem de novas habilidades servindo para formar uma base para aprendizados futuros;

  3. Disposição para o aprendizado - o interesse do treinando adulto é maior quando o tema tem relação direta com situações comuns ao seu dia-a-dia;

  4. Aplicabilidade do aprendizado - quando o conhecimento adquirido tem aplicabilidade imediata e não apenas um possível aproveitamento futuro o desafio de aprender será superado;

  5. Motivação - a motivação interna do treinando adulto é maior que a exterior, ou seja, objetivos profissionais são priorizados e não apenas ter o certificado de participação.

Utilizando estes princípios e acrescidos das necessidades técnicas específicas para montagem de uma política de treinamento os gestores podem direcionar para uma boa qualificação do time de trabalho, repercutindo para além do desempenho e resultados positivos, mas também engajamento, retenção e atração de talentos.

Os gestores também não podem esquecer de que a criação de uma estratégia de capacitação precisa ter o treinando como foco e não o conteúdo a ser transmitido, ou seja, o treinando participa identificando conjuntamente a relevância dos conteúdos a serem propostos. Assim o êxito da capacitação será maior.


Em resumo, no treinamento de adultos haverão questionamentos no sentido do porque aprender um tema. Isso ocorre porque cada treinando chega ao evento de aprendizagem com experiências, crenças e aptidões próprias, por isso é necessário a aplicação dos princípios da Andragogia buscando captar e entender previamente o tipo de assistência que se tem para melhor direcionar o conteúdo com formato melhor palatável, de forma objetiva e com reconhecimento de valor e também da possibilidade de utilização imediata.

Assim como em outros de nossos treinamentos, este é o espírito do curso "CAIXA DE FERRAMENTAS" onde um conjunto de técnicas são apresentadas de forma bem direta e objetiva indicando onde devem ser utilizadas, os resultados que trazem e podem ser postas em prática de pronto.

Entre em contato para ver mais de perto o valor que nossos treinamentos podem agregar em seus processos e resultados.


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